Colheres de pau e garrafas transformaram-se, através da mímica e de alguma imaginação, em guitarras, martelos pneumáticos, lápis, bengalas…A mímica também foi a protagonista na Cadeira Mimenta, inspirado no Jogo das Cadeiras. Sentados numa roda de cadeiras, os meninos aguardam a sua vez para ser chamados – com um toque na cabeça – para andar à volta da roda, imitando o chefe de ronda. Quando já todos estão à volta das cadeiras, de repente…STOP! E regressam às cadeiras. Só que…oops! Vão desaparecendo cadeiras! Há cada vez menos cadeiras e mais chefes de ronda que combinam em conjunto o que vão fazer enquanto andam à volta das cadeiras.
Houve mais jogos de mímica, em que se podia escolher entre representar uma profissão, um animal, uma acção, o que se estava a comer…aí, corpo e voz foram mestres, mas sem palavras, apenas sons e idiomas imaginados. O Rei voltou a mandar os seus súbditos representarem animais, gestos e acções. Um Maestro dirigiu a sua orquestra de sons feitos apenas com a voz, trabalhando intensidade, volume, ritmo. Outro Maestro escondeu-se num grupo de músicos que o imitavam, desafiando quem observava de fora a descobrir onde estava o verdadeiro Maestro. Pelo meio, o Detective procurou o Mágico que adormece as pessoas com uma piscadela de olhos.
Treinou-se as 40 Maneiras de Lá Chegar, andando pelo espaço ao pé-coxinho, como se fossem muito velhinhos, como se o chão estivesse coberto de gelo, coberto de cola, como se estivessem carregados de compras, como se fossem gigantes…descobrindo infinitas formas de andar e a sua expressividade.
Um Telefone avariou, transformando “mochila” em “borracha”. Utilizou-se o Telégrafo para escrever mensagens em grupo, que se tornaram divertidas histórias.
Os trava-línguas ganharam nova vida ao serem interpretados em diálogo em jeito de declarações de amor, com raiva, com alegria, tristeza, surpresa, sono…Trabalhou-se o que em teatro se chama de subtexto: algo é dito com uma intenção diferente do significado das palavras que se pronuncia. Descobrem-se novas energias, trabalha-se a concentração, intenção do que se está a dizer. A intenção de quem interpreta torna-se fundamental para passar uma mensagem.
Ainda houve espaço para o desenho. O tema foi, naturalmente, Corpo e Voz, mas numa interpretação abstracta. Cores e riscos mostraram como se viu, como se sentiu o tema.
Até para a semana!
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